Campanha distribuirá máscaras com estampas informativas de combate à exploração sexual

No dia 18 de maio, se reconhece oficialmente a luta de enfrentamento ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. A campanha de conscientização em alusão à data, articulada localmente pela Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), contará com a produção de máscaras de proteção com estampa temática. As unidades da rede socioassistencial devem começar a receber o material na próxima semana para distribuição aos colaboradores e ao grande público.

“Estamos fazendo uma campanha que contextualiza o momento em que vivemos, que é de combate ao Coronavírus, trazendo como pauta justamente o enfrentamento à exploração sexual da criança e do adolescente. A construção de uma sociedade livre desses tipos de abuso é a sociedade pela qual lutamos, e acreditamos que Teresina caminha junto, nesse sentido”, explicou o secretário da Semcaspi, Samuel Silveira.

Segundo Layla Paiva, técnica da Gerência de Proteção Social Especial (GPSE) da Semcaspi, o novo contexto de isolamento social fez com que a campanha tivesse de achar novos caminhos de conscientização. “Nos anos anteriores sempre fizemos campanhas com abordagens, panfletagens, distribuição de material informativo e apresentações culturais. Porém, por conta da Covid-19, pensamos em algo diferente. A confecção das máscaras já é uma sugestão do Fórum Nacional”, explica.

Em Teresina, a rede municipal de combate à exploração da criança e do adolescente conta com as quatro unidades dos Centros de Referência em Assistência Social (CREAS) e com a Casa de Zabelê. As equipes são capacitadas para atender essas demandas de crianças e adolescentes que sofrem situações de violência e exploração sexual.

“Já a Casa de Zabelê é uma unidade específica para atender essas adolescentes do sexo feminino”, explica Layla. O espaço realiza atividades profissionalizantes e de fortalecimento de vínculos e conta com equipe psicossocial. Atualmente, a meta de atendimento, de 100 adolescentes, já foi ultrapassada.

A população pode ser encaminhada tanto aos CREAS, quanto aos Conselhos Tutelares, através do contato com o 153. As ligações são gratuitas e o sigilo do nome do denunciante é mantido. As denúncias podem ser feitas também por meio do Disque Direitos Humanos: o Disque 100, serviço nacional de atendimento telefônico gratuito, que funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana. Os casos recebidos são analisados, tratados e encaminhados aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização em direitos humanos, no prazo máximo de 24 horas. O objetivo é romper o ciclo de violência e garantir a proteção da vítima.

Fonte: Ascom/Semcaspi